Introdução
O ser humano e, por conseguinte a família e
assim a sociedade como um organismo macro, sempre desejou ser feliz. Desde os
primórdios da cultura humana que suas realizações, seus projetos e suas
descobertas indicam um traço comum nessa direção. A própria formação das
sociedades primitivas, pode-se supor que visava mesmo que indiretamente a
felicidade como subproduto da argumentação principal que era a sobrevivência da
espécie frente a inumeráveis riscos como as intempéries, os animais selvagens e
os próprios semelhantes, concorrendo na disputa de territórios, alimentos, etc.
As sociedades modernas têm encarado a felicidade como alvo principal de todo
seu esforço, seu trabalho maior. Algumas nações desenvolvidas empregam seus
recursos básicos neste fim, embora que muitas pessoas destes países estejam
como as dos não desenvolvidos, se sentindo no inferno como o descrito por Dante
Alligieri em seu livro A Divina Comédia, ou seja, numa infelicidade total.
Um dos meios mais poderosos que os povos
civilizados vêm utilizando para alcançar a felicidade é a ciência, o método
científico. Quando Newton descreveu as Leis da Física Clássica, foi visto pelos
seus pares como o homem mais feliz do planeta, somente pelo feito teórico. Ao
longo do tempo toda descoberta científica tem sido vista como mais um degrau
para se alcançá-la. Estas descobertas, estes inventos, sem sombra de dúvida têm
produzido muito conforto para seus usuários embora que também, muito mal estar
e doença para os trabalhadores de suas indústrias e laboratórios de pesquisa. É
inegável que a vida destes povos ficou mais dinâmica, mais confortável e assim
são chamados de povo civilizado, embora que a maioria do planeta viva sem o
emprego destas tecnologias. Isto acontece porque ainda somos semisselvagens ou
semicivilizados do ponto de vista da evolução espiritualista, não
compartilhando o dito desenvolvimento científico com toda a humanidade.
Este progresso cria para os adeptos da ciência
clássica uma expectativa crescente de um dia quando dominarem totalmente a
natureza e souberem tudo sobre ela, serão proporcionalmente mais felizes.
A Medicina Alopática, como uma das filhas da
ciência clássica juntamente com sua irmã a Teoria Econômica clássica, tem assumido
como legado esta promessa. Nesse sentido vem empenhando todo seu argumento, o
esforço de seus pesquisadores, na tentativa de erradicar as doenças,
inegavelmente o principal fator de infelicidade, pois mesmo com todos os
recursos materiais, todos os alimentos na mesa, se a pessoa não tiver saúde, de
nada adianta tê-los.
Inquestionavelmente a medicina acumulou um
volume enorme de conhecimentos sobre as doenças, que analisados à luz da
ciência clássica são perfeitos, está inteiramente perfilado com o método
científico clássico a ponto de em laboratório, como se diz no jargão da
ciência, “in vitro”, os experimentos com drogas resolverem praticamente todo
problema ou, por exemplo, matarem as bactérias mais agressivas. Alguns
cientistas ainda acreditam que falta pouco para terem o comando da vida nas
mãos e assim a erradicação das “patologias”. Seria a “felicidade total”, a
“qualidade total” decorrente deste tipo de pensamento, no caso clássico ou mecanicista
derivado da filosofia materislista mecanicista.
Entretanto, nos primeiros anos do século XX
surgiu a Física Quântica com o Princípio da Incerteza de Werner Heisenberg, a
descoberta do comportamento estranho de algumas partículas componentes do
átomo, a influência do observador nos experimentos quânticos e assim todo um
conjunto de novos saberes capazes de gerarem um novo paradigma. A mudança do
paradigma clássico para o paradigma quântico. Neste novo contexto também surgiu
uma nova esperança. Um novo horizonte para os não alinhados ou não satisfeitos
com os efeitos colaterais do paradigma anterior, como a promessa de cura das
doenças de forma marcante após a descoberta das bactérias por Luís Pasteur, dos
antibióticos por Alexandre Fleming, cujo emprego “in vivo” produz também
sequelas e muitas vezes a morte daquele que esperava ficar curado. Os
conhecimentos da física quântica permitem como o próprio Heisenberg, prêmio
Nobel de física de 1932, descreve em seu livro Física e Filosofia, “de que a
mecânica quântica reviveu o conceito aristotélico de potencialidade da física
moderna.” Também em outra passagem afirmou:
A física moderna é (...) uma parte muito
característica de um processo histórico que tende à unificação e à ampliação do
nosso mundo presente (...) mediante a sua abertura a todos os tipos de conceito,
ela dá esperança de que, no estado final de unificação, muitas tradições
culturais diferentes possam conviver e combinar diversos empreendimentos
humanos em um novo tipo de equilíbrio entre pensamento e ação, entre atividade
e meditação. (HEISENBERG, 1999)
A física quântica é uma realidade demonstrada
em laboratório, presente na tecnologia de ponta como os raios Laser (light amplification by stimulated emissions
of radiation) e outras aplicações usadas em tecnologias de controle remoto,
etc.
A consequência disso é que a rigidez do
pensamento científico cartesiano, em casos como este, está cedendo lugar ao
pensamento científico flexível, mais condizente com a tendência da educação
realista de união dos saberes clássico, quântico e das humanidades, incluindo a
espiritualidade, a meditação e enfim abrindo as portas para uma medicina mais
humanizada e ou complementar e as alternativas nascentes de cada era.
A Física Quântica redescobriu Deus e dentro
desta premissa é que devemos nos portar para realmente atender os seres humanos
de acordo com a nova realidade comprovada de que ele é um ser complexo,
quântico, imanente e transcendente ao mesmo tempo:
A conclusão deste experimento é radical. A
consciência quântica que precipitou a causação descendente da escolha das
possibilidades quânticas é aquilo que as tradições esotéricas espirituais
chamam Deus. Redescobrimos Deus dentro da ciência. E mais: esses experimentos
provocam um novo paradigma da ciência, baseado não no primado da matéria, como
a velha ciência, mas sim no primado da consciência. (GOSVAMI, 2008, p 82).
Surgiram assim as Terapias Quânticas, como uma
indicação da abertura para o mundo das energias mais sutis, somente detectadas
por aparelhos totalmente desconhecidos pelos não alinhados com o novo paradigma
quântico; os cíclotrons, aceleradores de partículas, etc.
Os meios utilizados pela visão clássica para
obter informação e conhecimento são limitados pela percepção sensorial e pelo
raciocínio analítico (lógico) com características mensuráveis. Por outro lado,
a abordagem quântica engloba a abordagem clássica e as características não
físicas: incerteza, não linearidade, complementaridade, integração, imprevisibilidade, complexidade, sincronicidade, atemporalidade, e a
espacialidade. Além disso, essa abordagem trata os aspectos qualitativos como
científicos, que são classificados como não científicos pela abordagem
clássica. (ARORA, 2007, p. 13).
Temos então uma tarefa nova de olhar para a
maneira diferente com que alguns povos encaram o conceito de felicidade e de
como resolvem reavê-lo quando a doença o perturba.
Edgar Morin, um dos filósofos mais ouvidos da
atualidade, percebeu esta tendência desde quando escreveu “Ciência com
consciência”, até em “Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro” publicado
pela UNESCO (MORIN, 2002), um dos setores das Nações Unidas responsável pela
educação, bem como na coletânea de conferências temáticas reunidas no livro
“Religação dos Saberes” (MORIN, 2002).
Mais próximo de nós encontramos as pesquisas
do professor João Tadeu Andrade, doutor em antropologia médica e cultural com
aprofundamento em medicina alternativa e complementar, que por sua seriedade
certamente é uma contribuição positiva para a acreditação de novas maneiras de
se manter e buscar a saúde como um bem-estar necessário e possível quando se
amplia os conhecimentos para além do tradicional:
Diferentemente, na perspectiva das abordagens
alternativas o ser humano deve ser visto como ser integral, não havendo
barreiras entre mente, corpo e espírito... Deste modo, as terapias sinalizam
para uma visão da saúde pensada em termos de bem-estar integral... (ANDRADE,
2006)
Surge então a tendência de se aceitar também
na terapia, a união dos saberes e assim as terapias alternativas e
complementares com a oficialização de algumas anteriormente vistas como
descartáveis antes mesmo de um exame superficial pelos ditos donos do paradigma
cientifico clássico, representados pelos conselhos de classe como o Conselho
Federal de Medicina, que vem gradativamente autorizando seus membros praticarem
essas medicinas alternativas, coma a Acupuntura e Homeopatia, através das
Resoluções 1634/2002 e 1295/1989, respectivamente. (CFM, 2011)
A condição complexa do ser humano cada vez
mais reconhecida como sua essência tem ajudado aos estudiosos da ciência a
produzir argumentos também reconhecidos como certos da necessidade de que a
busca da felicidade e no caso específico da saúde deve prever a inclusão também
de métodos ou teorias complexas, fugindo-se da tradição mecanicista da descrição
da vida, pois a espiritualidade já faz parte do ensino da ciência da saúde em
grandes Universidades e nas pesquisas científicas sobre qualidade de vida,
reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde- OMS:
Considerada a medida que faltava na área da saúde,
a QDV é definida, segundo a OMS, a percepção do indivíduo , de sua posição na
vida, no contexto da cultura e nos sistema de valores nos quais vive e em
relação aos seus objetivos, expectativas ...como a espiritualidade (BATISTA,
2012, p 3)
Mokiti Okada, criador da Agricultura Natural e
da Terapia de Purificação Okada, aprofundou os conhecimentos da espiritualidade
como fundamental para se viver de forma mais tranquila de acordo com a nova
ciência, nascente na primeira metade do Século XX:
Mesmo que se chegue a uma organização ideal,
se o modo de pensar e agir de cada indivíduo estiverem errados, essa
organização não poderá ser administrada com eficiência e o resultado,
infalivelmente será a bancarrota. Portanto, a única forma de solucionar o
problema é melhorar a natureza espiritual de cada indivíduo (OKADA, 1991, p 202).
Assim, poderemos vislumbrar um novo tempo, uma
nova sociedade que por ter mais saúde terá mais disponibilidade para ser mais
ativa mais participativa nas decisões importantes dos organismos
administrativos de todos os recursos e permitir sua aplicação de forma mais
compatível com a busca da felicidade para todos e não somente para as minorias
privilegiadas. Será evitada uma tendência à desumanização da medicina, temida
por todos os segmentos da sociedade incluindo o médico que nunca quis uma
medicina mecanicista, utilitarista e mercantilista como
alguns planos e empresas de pesquisa de saúde insistem em implantar:
Caso o leitor se tenha convencido de que a
medicina é um fenômeno social e de que tudo que diz respeito às decisões no
setor interessa a todos os cidadãos, podemos avançar para uma segunda
argumentação. Urge compreender e posicionar-se sobre o fato de que a
generalização da ideologia utilitarista e mercantilista no campo médico está em
vias de produzir uma desumanização ou tecnificação importante do sistema como
um todo e das práticas de cura em particular (MARTINS, 2003, p 33).
Terapia de Purificação Okada
A Terapia de Purificação Okada – TPO foi
descoberta por Mokiti Okada, que viveu no Japão de 1882 a 1955. Mokiti Okada (FRANK, 2009) desenvolveu este invento a partir da busca da saúde perdida
experimentando tudo que estava ao seu alcance, como a alimentação vegetariana,
meditação, massagem, medicina alopática, etc. Contou com ajuda de amigos entre
eles médicos, que na primeira metade do século XX ainda não contavam com os
meios atuais, como os antibióticos por exemplo. Desenvolveu seu raciocínio a
partir do estudo da filosofia oriental, da Teoria da Intuição de Henri Bérgson
(França 1859-1941), do Pragmatismo Norte-americano de Charles Sanders Peirce
(USA 1839-1914), propagado por William James (USA 1842-1910) e especialmente
das Leis da Natureza, como os métodos de defesa natural como o processo
inflamatório, a formação e eliminação de secreções e especialmente os fatores
que os estimulam mais adequadamente, sem precisar voltar a se viver como os
seres humanos primitivos. Nos primórdios de sua criação, recebeu outras
denominações como Massagem no Estilo Okada, Terapia Japonesa e finalmente, Terapia
de Purificação Okada. O Mestre Okada descreveu sua filosofia como uma nova
ciência, uma ciência além da ciência e não como uma religião como os
praticantes do Johrei leem nos livros reescritos por sua esposa e auxiliares
após sua passagem para o Mundo Espiritual em 10 de fevereiro de 1955. Em
virtude da Política Japonesa no após Segunda Guerra Mundial, ter aprofundado a
ocidentalização do Japão, a Lei da Medicina editada nesse período limitou
sobremaneira o avanço da TPO, deixando muitos praticantes confusos; o que gerou
muitas dissidências na Filosofia Okadiana, a criação de varias Igrejas
ministrando a Terapia de forma simplificada e com o nome de o Johrei, para
fugir da perseguição das leis da medicina implantadas na época. Johrei
significa literalmente purificação do espírito e assim, passou-se a divulgar
que era “uma oração em ação e não uma terapia.”.
Somente após o reconhecimento da TPO pelo
Instituto de Saúde dos Estados Unidos - NIH, como uma terapia bioenergética, é
que ela ganhou fôlego para voltar a se expandir; e então entrou no rol das
terapias complementares e atualmente nas terapias ditas integrativas.
TPO e a evolução da Ciência
Nos primórdios da existência humana as ações eram
praticadas com base nos cinco sentidos ou na intuição, de maneira muito simples
e por isto mesmo esse tempo é denominado de Era Primitiva.
Com o tempo, o conhecimento captado pelos cinco
sentidos aperfeiçoou-se ganhando o nome de Ciência e os demais conhecimentos;
de anticientíficos, que se transformaram ou foram agrupados com os anos em um
conjunto de saberes ou práticas denominadas de superstição, pois ainda não
tínhamos os modernos métodos da Ciência Qualitativa da atualidade, que utiliza
a intuição em inúmeras pesquisas e alguns a usam como sinônimo de
espiritualidade. Nesse contesto, as religiões e tudo que vinha da intuição
incluindo o sentimento, perdeu status, e seus praticantes, as denominações mais
variados, como feiticeiro, bruxa, curandeiro, rezador, pajé, etc. Isto faz
parte do plano de desenvolvimento da humanidade e a luta entre as duas
categorias de adeptos das duas correntes não foge a regra desta natureza. Tanto
é que sempre vem aumentando a inteligência de ambos a ponto de hoje se
reconhecer a espiritualidade decorrente da prática do Sentimento de Compaixão,
como científica. (OMS/WHO).
A ciência descobriu ao longo da história as leis da
Natureza e as vem empregando em benefício da humanidade, sempre com grande
dificuldade em virtude de ser algo novo, desconhecido e exigir mudança de
comportamento e atitudes no emprego prático destas descobertas. Isto é natural,
pois nosso ser funciona exatamente assim: aprende com dificuldade e quando
apreende o novo, pratica como se fosse algo natural, esquecendo ou fazendo os
outros esquecerem que há poucos anos até matava os defensores dessa nova
teoria. A descoberta do Heliocentrismo, antropocentrismo, da energia elétrica,
eletromagnética e da Teoria Quântica, são apenas alguns exemplos, que geraram
muito incômodos e até a morte de milhares de pessoas.
Assim como ainda existe pessoas que não acreditam no
eletromagnetismo, na Teoria Quântica, não devemos estranhar o fato de muitos
não acreditarem no poder do sentimento, no poder da oração, etc.
A quase totalidade das pessoas não consegue ver a
Força da Natureza, como a Fotossíntese, que usa luz solar para transformar o
CO², um gás tóxico, em alimento e ainda libera oxigênio, um gás vital para
nossa existência, como uma ciência profunda, dado que nos é ensinado pela
Ciência Clássica, como um fenômeno mecânico simples e não como um fenômeno
quântico complexo.
A TPO é a utilização deste Poder da Natureza para
transformar toxinas prejudiciais ao organismo em produtos inertes, que serão
eliminados pelos órgãos excretores, especialmente os rins, cujo resultado é um
organismo mais puro e mais forte, com mais força para continuar viver com mais
saúde, eliminando as sujeiras prejudiciais pelos sistemas de defesa.
É deste modo que devemos enxergar a descoberta da TPO,
dado que se trata de uma energia desconhecida da Ciência Clássica, mesmo tendo
sido já comprovada em mais de 70 mil clientes, cientificamente pelos
pesquisadores da Mokiti Okada Association – MOA. Seu descobridor, Mokiti Okada,
a descreveu como sendo A Força da Criação, ou Força Espiritual, ou Raios
Cósmicos Misteriosos, emitidos pelo Criador do Cosmos.
Funciona muito parecido com a energia quântica usada
nos controles remotos e ao mesmo tempo como a energia do sentimento de
compaixão. Também parece com a energia das plantas que respondem ao amor no
trato para com elas e ao alimento gostoso feito com muito sentimento para
agradar.
Assim como os programas de televisão que estão
disseminados pela atmosfera e para serem vistos precisam ser captados por um
aparelho de TV, a TPO precisa do distintivo da MOA que capta essa energia
misteriosa e quando se empunha a mão, é transmitida para o recebedor. A
diferença é que Mokiti Okada, descobridor da TPO, caligrafou a palavra Hikari
(Luz em japonês) impregnando-a com sentimento de compaixão profundo de salvar
toda a humanidade, conjugando a inteligência das Ciências Clássicas de uso de
energias mensuráveis por aparelhos mecânicos, com a Ciência das Humanidades,
que inclui a intuição como sinônimo de Sentido Espiritual (Espiritualidade) e colocando-a
dentro de uma medalha ou distintivo MOA.
Por isso que o ministrante da TPO precisa apreender
o conhecimento da nova Ciência do Sentimento e a usar o distintivo da MOA como
se usa os aparelhos de energia quântica ou quantizada, acrescido do sentimento
de compaixão. Caso faça imposição de mãos sem o distintivo da MOA, estará
transmitindo apenas energia do seu sentimento e não o irradiado da palavra Luz
(Hikari).
Concluindo, como se trata de algo novo, desconhecido
e não captado pelos cinco sentidos, sua aprendizagem requer mais que um simples
conhecimento de informações como se fosse a descoberta da energia elétrica, por
exemplo. Será preciso o Ensino Vivo, que significa ensinar com compaixão a sua
prática e sobre o uso do distintivo MOA para que a humanidade passe a aceitar
este novo paradigma, evitando-se as guerras do passado quando se impôs o novo
através da espada.
Após a passagem do Mestre Okada para o Mundo
Espiritual em 10 de fevereiro de 1955, a maioria dos adeptos da Terapia Okada transformaram-na
em oração em ação com o nome de Johrei e sua aplicação em vez de terapeutas
passou a ser executada por membros de uma nova religião. A Sekai Kyusei Kyo,
que em português foi traduzida para Igreja Messiânica Mundial.
Os benefícios da TPO e do Johrei, em alguns casos são semelhantes, mas a TPO é diferente, pois é
praticado como Ciência, pelos pesquisadores e voluntários da MOA. Os terapeutas
da MOA fazem uma verificação dos pontos para definir um plano de aplicação da
terapia e acompanham a evolução da manifestação dos resultados passo a passo,
cientificamente. O ministrante de Johrei, mais conhecido como uma oração em
ação é praticado pelos adeptos das religiões, fundadas pelos conhecedores da
Filosofia de Mokiti Okada precisam apenas seguir a evolução espiritual/religiosa
de suas “ovelhas”. Historicamente, estas religiões são muito importantes,
porque sustentaram o legado do Mestre Okada, até o reconhecimento da Terapia
pelos cientistas do NIH. Os dois métodos estão crescendo e vêm conquistando
cientistas no seu estudo, como o caso de Oliveira, em sua dissertação de mestrado
em ciências na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo que cita:
O
Johrei é uma prática de impostação de mãos, descrita por Mokiti Okada, no
Japão, vinculada à igreja messiânica. Seus praticantes acreditam que através da
impostação de mãos sobre o corpo de uma pessoa energias invisíveis podem
provocar alterações tanto no físico quanto no emocional e espiritual. (OLIVEIRA, 2003)
Por
ser um método não invasivo e muito fácil de aplicar, seu avanço já chegou a
muitos países. A TPO vem sendo aceita
gradativamente em várias nações como uma terapia científica e aplicada pelos
Voluntários da MOA. Já o Johrei em alguns deles é aplicado pelas Associações de
Johrei e nos demais como o Brasil, pelos adeptos das igrejas como a Igreja
Messiânica, Toho no Hikari, Luz do Oriente, etc. embora que esses adeptos façam
intercâmbios entre ambos, como descritos pela doutoranda Regina Yoshie Matsue da
Universidade de Tsukuba – Japão, disponível na home-page da PUCSP:
Com
intuito de escapar do discurso religioso tradicional, a Igreja Messiânica está
buscando adaptar-se à espiritualidade da nova era. Enfatizando Johrei como terapia alternativa e
Okada, para os australianos, é apresentado como um terapeuta, diferente da
versão brasileira onde ele é reverenciado como um messias ou líder religioso.
"Johrei é uma arte
terapêutica desenvolvida por Mokichi Okada, terapeuta japonês" (panfletos
da Igreja Messiânica distribuídos na Austrália). (MATSUE, 2011)
Recentemente
um médico da Universidade de São Paulo – USP, publicou pesquisa com o Johrei,
disponível na home-page da Associação Brasileira de Medicina Complementar -
ABMC:
... Um estudo feito pelo HC (Hospital das
Clínicas) de São Paulo e pela Universidade do Arizona (EUA) apontou que o
johrei - técnica milenar praticada na medicina oriental- pode ajudar pacientes
cientes de que sentem fortes dores no peito, mas que não apresentam nenhuma
doença que justifique as queixas de dor... Segundo o gastroenterologista do HC
Tomás Navarro Rodrigues, o johrei mostrou-se eficaz em 90% dos casos avaliados.
A pesquisa envolveu 40 pacientes com dores torácicas não-cardíacas, com idades
entre 50 e 75 anos. (RODRIGUES, 2011.)
Vale salientar um adendo importante com
relação a variante Johrei, praticado pelas Associações de Johrei e por membros
de várias Igrejas. O praticante da TPO aprende já no Curso Básico de formação
de Terapeutas da MOA, a tomar consciência dos resultados, minuto a minuto, de
cada mudança provocados pela atuação da Terapia, nos pontos estudados nas aulas
de TPO e redireciona a mão para onde a técnica do Mestre Okada lhe ensinou; os
ministrantes de Johrei, não são treinados para aplicar esta tecnologia.
A Terapia de Purificação Okada assim como o Johrei visa a eliminação das impurezas do organismo inclusive as produzidas
pelos pensamentos, antes de causarem lesão física, fortalecendo o organismo na
sua essência, bem como a eliminação de toxinas que produziram e estão produzido
doenças, em todos os estágios.
Sua aplicação pode ser concomitante aos outros
métodos terapêuticos e consiste apenas na imposição da mão por uma pessoa
portadora do distintivo outorgado pela MOA, em qualquer local que o paciente
esteja, como emergência, enfermaria ou residência. No caso do ministrante de Johrei, o distintivo é outorgado por um dirigente de uma das Igrejas citadas. Este distintivo contém em
seu interior a palavra hikari, que
significa luz em japonês, escrita em papel pelo descobridor, dentro dos
postulados das artes japonesas, que valoriza as caligrafias com significado
importante, como instrumento de grande valor, na elevação da espiritualidade.
O Método Científico vem incluindo
as situações inusitadas do novo paradigma quântico, já previsto por cientistas
como Rupert Sheldrake (SHELDRAKE, 1995) entre tantos
outros, A TPO certamente faz parte do rol de métodos nascentes e necessários
para preencher os vazios existentes na complexa teia da vida, incluindo-se na Portaria 971 de 03/05/2006 do Ministério da Saúde, que define a
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. (BRASIL, 2011)
Nesse caso a TPO e o Johrei, funciona como um método de incrementar felicidade independente de
outros métodos que estão sendo empregados para tratar a doença em curso.
Conclusão
A TPO visa especialmente diminuir o
sofrimento humano para que os beneficiados voltem para um estágio de vida plena
de saúde e assim repleta de felicidade. A
felicidade de pessoas que estão desejando algo novo e sem danos
adicionais como as reações adversas causados por substâncias químicas
artificiais ou naturais, procedimentos invasivos de risco, etc. Também tem a
pretenção de cooperar com a ampliação da consolidação da implantação da
Portaria Ministerial 971, acima citada, fazendo parte dessas terapias.
Os autores deste artigo sentem de maneira
profunda que a união dos praticantes de ambos os métodos, está acontecendo
gradativamente baseado da previsão do Mestre Okada que falava: “Quem deseja ser
feliz, trabalha para o bem da sociedade, positivamente”. Isto é o ideal, pois
seres humanos quando estão sofrendo de doença, querem voltar à saúde
independente do método de cura, contanto que não lhe impingem mais sofrimento.
A compaixão vencerá as barreiras do passado e assim a TPO será cada vez mais,
instrumento em prol da felicidade de todos.
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Afinidade: Aprenda a criar um círculo altamente positivo em torno de você.
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Fones: (81)993487374
Claro
O Povo precisa de TPO para ser Feliz.
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